Imagem do passista de frevo (Foto: Arte e Design by Mônica Fuchshuber )
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*Celebramos hoje, 9 de fevereiro, o Dia Nacional do Frevo.
O Frevo é, certamente, ainda mais antigo, mas foi em 09 de fevereiro de 1907
que a palavra apareceu pela primeira vez nos jornais: o Jornal Pequeno do
Recife cumpre esse papel histórico.
2022 é mais um desses anos atípicos em que não haverá
carnaval, tampouco as festas de celebração que tradicionalmente movimentam e
agitam o Dia do Frevo a cada ano.
Sem carnaval, sem festa, toda a cadeia produtiva
envolvida nas atividades relacionadas ao Frevo, composta de músicos, passistas,
maestros, figurinistas, desfilantes, aderecistas, ambulantes, entre outros,
segue prejudicada social e economicamente. A pandemia de Covid 19, mais uma
vez, impede de vivenciar plenamente a Festa de Momo, que promove fortalecimento
comunitário e uma dinâmica cultural proporcionada pelo Frevo.
Sem se apresentar, uma manifestação cultural corre
riscos, uma comunidade inteira deixa de se expressar, de confraternizar, de
vivenciar suas tradições, de manter sua história viva.
Nesse nove de fevereiro, o Comitê Gestor de Salvaguarda
do Frevo quer chamar a sociedade para uma reflexão sobre a realidade dos
detentores, praticantes desse tão precioso bem. E convida a sociedade para
falar e sentir o Frevo, através da escuta da sua música, do exercício da sua
dança, como souber e puder, da decoração das casas e ruas, com os motivos do
Frevo.
Visitar a sede de uma agremiação pode ser um ótimo
programa, resguardados os protocolos de segurança. Fotografar e provocar a
embriaguez do Frevo pelas suas fotos de carnaval nas redes sociais, ajuda
trazer o espirito do Frevo e sua história de resistência cultural e política
para a ordem do dia.
Nosso convite se estende a lançar um olhar crítico sobre
as políticas públicas de salvaguarda do patrimônio cultural imaterial
brasileiro. Estamos em um ano importante para a história do Brasil, ano
eleitoral, de debates e decisões políticas.
Faz 10 anos que o Frevo foi reconhecido como Patrimônio
Cultural da Humanidade. Pensemos sobre o significado desse título para o nosso
estado de Pernambuco, o que representa para a nossa gente ter uma expressão
cultural reconhecida também como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.
Precisamos refletir sobre a salvaguarda do Frevo e o
compromisso necessário das políticas públicas com a manutenção e promoção desse
bem precioso.
Ver o Frevo reconhecido é uma glória, uma alegria, um
orgulho. No entanto, o Frevo é uma das manifestações culturais populares que
corre riscos. As agremiações carnavalescas, principais mantenedoras da tradição
do frevo, vivem em esforço permanente para sobreviver. Muitas sedes de
agremiações estão fechadas, orquestras de frevo estão desarticuladas.
Passistas, compositores, mestres, trabalhadores da cultura, profissionais que
fazem do Frevo o que ele é, em sua maioria, vivem situação de vulnerabilidade.
No Brasil, quando uma manifestação é reconhecida como
patrimônio, esse título está também carregado de preocupações e recomendações
para que ela não caia no esquecimento e venha a desaparecer. Instituições
públicas pactuam um Plano de Salvaguarda, onde se comprometem a cuidar dessa
manifestação e envidam esforços para o seu crescimento, preservação e
fortalecimentodas comunidades fazedoras.
O Frevo tem um Plano Integrado de Salvaguarda e um Comitê
Gestor de Salvaguarda. Precisamos nos perguntar, 10 anos após o reconhecimento
internacional, quais foram os avanços, quais os ganhos, quais políticas de
Salvaguarda do Frevo foram implementadas.
Nós, detentores e praticantes, queremos muito mais do que
um museu para o Frevo!
CGSF – Comitê Gestor de Salvaguarda do Frevo
SERVIÇO:
@conectandofrevos
Junior 81 9.84590080
Magdalena 81-999652086